domingo, 13 de outubro de 2013

As eternas propagandas do Universitário

De tempos em tempos aparece na TV (ou até na Internet) um comercial que pela genialidade marca época. Acho que o último grande caso foram as propagandas do Head & Shoulders com o Tio Janjão, que encarou sem vergonha a tarefa.

Mas para nós que vivemos os anos 90 uma série em particular marcou época. Ao misturar questões de múltipla escolha com situações improváveis ou inusitadas da vida o Universitário criou comerciais muito engraçados.

Ainda na época pré-Orkut eu tinha todos salvos num PC antigo do qual perdi todos os arquivos. Graças à Internet, tudo se acha no mundo virtual. Quem me lembrou, postando, foi o amigo Rodrigo Dias. Confira o blog dele clicando aqui. Enfim, seguem abaixo os esquetes.

1 - O Gato:



2 - A namorada do amigo:



3 - Pego no flagra:



4 - Notícia inesperada:



5 - Ato Falho:



6 - Relax no carro do pai:



7 - Muito cedo, porra:



E aí, qual seria a grade de resposta de vocês?!

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domingo, 6 de outubro de 2013

Sobre a Rede e a Democracia.

Tenho mantido discrição quanto aos assuntos da esfera política e o motivo é que já escasseava o estoque de sal de frutas e plasil para fazer frente à tal assunto.

No entanto um assunto vai merecer uma atenção. O partido Rede Sustentabilidade, formado por Marina Silva, teve seu registro negado pelo TSE. Dentre outros motivos burocráticos, não conseguiu, qualitativa e quantitativamente, as assinaturas de apoio necessárias para que o partido pudesse enfim existir de fato e de direito. Uma miríade de quase quinhentas mil assinaturas distribuídas em um terço dos estados.

Notei, e esse foi a maior motivação deste artigo, que pipocaram, nas redes sociais como também nos noticiários, comentários em geral positivos sobre a correta decisão do TSE. Sim, correta porque a lei deve valer para todos. Porém a maioria destes comentários e em especial aqueles emitidos por apoiadores do PT e da sua rede - a outra, a rede virtual de batedores pagos para difamação e babação de ovo - representavam e demonstravam profundo caráter anti-democrático. Selecionei dentre eles um do deputado Alfredo Sirkis, do PSB:

"Quanto à Rede, precisa ser vista de forma lúcida. Sua extrema diversidade ideológica faz dela um difícil partido para um dia governar o país. Funcionaria melhor como rede propriamente dita - o Brasil precisa de uma rede para a sustentabilidade, de fato - mas, nesse particular, querer ser partido atrapalha".

E quem é o sr. Sirkis para achar ou deixar de achar que partido A, B ou C deve ou não existir?! O sr. Sirkis e tantos outros que fizeram chacota e caçoaram do indeferimento de registro da Rede. Não consta que tenham lamentado a criação de outros partidos.

Após o ingresso de Marina Silva no PSB do sr. Sirkis, houve o entendimento unânime da base governista que esse movimento prejudica a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, e isso motivou a mudança de discurso sobre Marina Silva.

O problema da democracia brasileira não é a existência de muitos partidos, mas sim que estes mesmos partidos só tem um único propósito: tungar o polpudo Fundo Partidário que em 2013 irá distribuir quase R$ 300 milhões. Este fundo garante a sobrevivência financeira dos partidos com registro definitivo no TSE. Afora os grandes partidos, acaba valendo à pena a criação de um novo partido que terá garantido um naco do Fundo Partidário e ainda um ativo eleitoral valioso em termos de tempo de TV para as campanhas eleitorais e negociação do apoio das bancadas ao governo do momento.

Ainda com a frágil fidelidade partidária estes partidos novos podem assediar sem maiores constrangimentos parlamentares de outros partidos, e isso é mais um motivador da criação de novos partidos. Ocorreu com o Solidariedade e com o PROS, e antes ainda com o PRB e com o PSD. Partidos que já nasceram relevantes em termos de bancadas às custas da sangria alheia. Ainda, uma olhada mais detida sobre os discursos eleitorais e programáticos dos quatro partidos vai encontrar um ponto comum: o "centrismo" que é a fina flor da cretinice política. Um discurso vazio o suficiente para torná-lo maleável e flexível conforme a conveniência política e profundo como um pires convexo.

Tudo isto posto, ficou faltando a imprensa e os políticos abordarem o que de mais fundamental e essencial existe sobre a situação: a necessidade premente que existe de que a criação de partidos seja a mais livre possível. Nossa democracia nunca poderá ser plena se não pudermos permitir que a prática da livre associação chegue definitivamente à disputa nas urnas.

A realidade bate à porta mostrando que dentre tantos partidos políticos que tentam o registro aqueles que conseguiram formaram mais federações e feudos partidários em benefício dos caciques do que verdadeiras expressões políticas da sociedade. Esquecidas questões morais, os resultados práticos da atual legislação devem ser pesados. Algumas questões mais espinhosas podem sim ser deixadas para um futuro, quando nossa democracia disfuncional esteja madura o suficiente: candidaturas independentes, partidos regionais, etc...

Nesse sentido é preciso reformar completamente nossas legislação eleitoral. À começar pelo périplo que representa a criação e registro de um novo partido. E em seqüência senão o fim do Fundo Partidário ao menos uma reforma que o adeque à livre criação de partidos políticos.

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